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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Adolescência – Muita história pra contar!

Aline Marks
Conhecimento, Compreensão e Novas Legitimidades
DIVERSITAS – USP

As histórias deixaram de ser contadas pelos pais, as canções de ninar e acordar já ficaram no passado também. Espinhas e alterações de humor sinalizam que a puberdade está chegando. O corpo mostra sinais de que as coisas vão mudar muito daqui para frente.
Mesmo que a infância seja encarada como um momento feliz, a realidade é que a infância é recheada de medos, experiências de perdas e dores, e provavelmente os adultos criam histórias felizes sobre as crianças para esquecer suas infâncias não tão felizes, pois a infância permite ilusão, sonho e fantasia como substituta da dor, dos medos e sofrimentos. Mas lidar com esta história de vida dentro do mundo real, que surge como um choque na adolescência, é muito mais complicado. A mente é bombardeada por comparações, acusações, incertezas, medos, dúvidas, preocupações e ansiedades ao mesmo tempo em que o corpo sofre com alterações que provocam, em um curto espaço de tempo, excitação e preguiça, animo e desanimo.
Despedir-se da infância e dar os primeiros passos rumo à vida adulta não é uma tarefa fácil. Comportamento agressivo e violento, oscilações no humor e a busca por experiências que testem seus limites são alguns dos desafios que encontram em suas relações consigo e com o mundo ao redor que, somadas às dificuldades de se expressar, tornam tudo uma bomba relógio em suas mentes e corações, atingindo a todos que os cercam.
Tudo fica ainda mais pesado quando consideramos a vida em nossa cidade, a velocidade da informação, do consumo, do tempo. A escola, os estudos, as provas, as cobranças, e a chegada de desejos, conflitos e medos que antes não existiam. A conversa fica de lado, aplicativos, games e redes sociais ocupam o pouco tempo que resta.
Neste momento, as referências familiares quase desaparecem ao mesmo tempo em que os diálogos tornam-se cada vez mais raros e de pouco entendimento. 
 “Adolescentes são chatos!”, “Ele já não me obedece!”, “O que eu devo fazer para ajudar meu filho adolescente?”, “Eu já não sei mais o que acontece com ela!”. São alguns desabafos dentre muitos outros feitos por pais cada vez mais ausentes, ocupados...
Muitos adultos acham que não dá pra conversar sério com adolescentes, que eles não sabem o que estão falando, que não precisam de conversa. Mas a conversa, o dialogo, pode melhorar todos os impactos que eles estão sentindo no corpo e na mente. Saber que podem dizer o que pensam e sentem ajuda a aliviar toda a tensão acumulada.  É preciso construir confiança, os adolescentes precisam saber que serão ouvidos e entendidos para se sentirem seguros e aprofundar a conversa.
Os adolescentes têm perguntas sérias pra fazer, coisas profundas pra dizer e situações difíceis pra contar.  Em forma de brincadeira, de piada ou de maneira agressiva eles dizem o que pensam, vivem e precisam saber, por isso a mente de adultos que convivem com eles precisa estar aberta: é preciso compreensão para levar a serio a brincadeira, paciência para ignorar a agressividade, e conduzir a conversa de forma que se sintam respeitados. Reprimir, acusar, brigar, impor, além de não ajudar, piora a comunicação. Correções, orientações e limites podem ser negociados, respeitando suas necessidades.
“Todo mundo “bate punheta” neh!?” (Renan, 11 anos)
“Às vezes eu fico a madrugada toda falando com meus amigos na internet, eles me entendem, e com eles eu posso falar tudo.”(Mari, 12 anos)
“Minhas amigas não me entendem, e eu acabo ficando sozinha na escola, não tenho amigos.” (Ana, 12 anos)
“Eu gosto de conversar, mas não dá tempo sabe, tem muita coisa pra fazer na escola, e em casa todo mundo chega tarde.” (Lucas, 11 anos)
As declarações expõe a seriedade dos assuntos e deixam clara a necessidade da comunicação e das relações sociais para um ser humano se sentir parte da sociedade em que vive. Quando as crianças fazem a transição para a adolescência elas precisam saber do que fazem parte, quais são as crenças e valores que a cercam e também precisam questionar este mundo ao redor. Para que tudo isto aconteça sem danos, os adultos ao redor precisam estar dispostos a ouvi-los, conversar com eles, compreendê-los e ajudá-los nesta fase que parece tão difícil e confusa.
Comprar mais canais na TV a cabo ou aumentar o plano de dados do celular não diminui a necessidade de diálogo. O que os adolescentes realmente precisam é de conversa, dizer o que pensam e saber que existe alguém que os leve a sério, que os compreenda e apoie. Enquanto não puderem expressar todos seus impulsos, conflitos e questionamentos, crescerão perdidos, confusos e buscarão refugio em qualquer coisa que gere prazer sem medida.










sexta-feira, 20 de março de 2015

Escolhas - #indignada



Acho que já falamos disto aqui blog, sei que as postagens estão mais distantes... tem tanta coisa que quero escrever, mas também quero dar um foco pro blog e estou trabalhando “mentalmente” nisto...
A capacidade de fazer escolhas é uma capacidade inata do ser humano, desde muito pequenos aprendemos que não da para ter tudo e fazer escolhas vai se torna parte de nossas vidas...
O problema que é tenho visto muitas pessoas que fazem escolhas com base na probabilidade de dar certo depois...
Vou explicar melhor:
Quando fazemos uma escolha, seja ela algo simples como a roupa que vestiremos pela manhã ou uma decisão para a vida, temos que lembrar que ela deve ser boa não só no momento, mas futuramente, que ela não “melhorar” com o tempo, o acaso não resolverá nossas vidas...
Se decidimos vestir uma roupa leve temos que pensar no tempo que ficaremos na rua, se estamos em época de chuva, se esta frio ou calor, se a noite ainda estaremos na rua, se as noites tem permanecidos quentes ou frias, onde iremos ao longo do dia, se ficaremos expostas ao ar condicionado e etc...
Quanto as decisões mais impactantes temos que considerar muito mais características e conseqüências, mas tenho notado que algumas pessoas levam a vida como adolescentes imediatistas e inconseqüentes...
Obviamente algumas atitudes ou decisões acarretam em situações inesperadas, acabamos chegando a limites que não esperávamos, e até pode se parecer com inconseqüência, mas se o objetivo final ainda pode ser alcançado, se ajustes de percurso podem ser feitos, sem que estes exijam mudanças de terceiros, talvez a resposta esteja no processo de amadurecimento que todos experimentam ao longo da vida...
Não estou falando disto, estou falando das escolhas obvias, que são imaturas, imediatistas e inconseqüentes e o pior muitas vezes irreversíveis, ou se revertidas causam marcas profundas e desastrosas...
Me pergunto: Porque as pessoas escolhem para suas vidas coisas erradas e incertas simplesmente para resolver um problema imadiato:
Porque casam errado?
Porque tem filhos se não querem cuidar?
Porque engatam em uma profissão que não realiza e não fazem nada para mudar?
Porque se submetem a pessoas opressivas, e se deixam oprimir?
Porque ficam adiando a vida, como se ela fosse esperar?
Há tantas outras situações para falar, mas vou parar por aqui...
Só quero expressar minha indignação pelas más escolhas, e pela total falta de interesse em transformar a situação.
Claro que minha formação e conhecimento me trazem uma serie de explicações emocionais, espirituais, psicológicas, causas internas, externas, herdadas de família, aprendidas com o meio, condições impostas e aceitas....
Porém ainda me indigno com o fato de as pessoas aceitarem a infelicidade e tristeza como forma de vida, aceitarem o mínimo como se isto fosse o que lhe cabe, abrir mão do melhor, do que poderia conquistar se acreditasse em si mesmo...
Existem pessoas que, sem Deus, sem formação, sem os recursos básicos, não aceitam o pior, não aceitam o mínimo e acabam indo tão longo, e outras que possuem todos os recursos humanos e divinos e ainda assim se conformam com tão pouco...

#indignada

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

IDENTIDADE...



Analisando a vida e os heróis da fé descobri algo novo, tão forte e pesado que só quem já passou ou está passando sabe do que se trata...
Precisamos ter identidade, isto é, saber quem somos, o que temos, raízes, estabilidade, plano de futuro, clareza do que se é e do que se deseja...
Mas a vida dos escolhidos e dos heróis da fé é dividida em 3 fases:

1ª SONHO
Esta é a fase mais doce, simples, fácil e onde a fé e a confiança fluem naturalmente.
Pense em Moises, Abraão, José, Davi, Ester, Rute... na 1ª fase de suas vidas eram jovens, sonhadores, confiantes, sabiam o que queriam, tinham planos, adoravam a Deus, cantavam, sorriam, amavam, eram amados, tinham pessoas ao seu redor, enfim a fase deliciosa.

2ª DESERTO / PRISÃO
Mas por serem escolhidos e desejarem algo muito maior do que a grande maioria quando disseram sim para o plano de Deus, foram lançados para longe daquela fase boa...
Todos os citados acima sentiram dores, solidão, medo, e perderam suas IDENTIDADES, Moises foi vivem com egípcios, Abrão vagou pelo deserto, José como escravo e depois prisioneiro, Davi era um fugitivo entre seu povo, Estar mais uma destina a ser concubina, Rute uma viúva cuidando de uma senhora, sem trabalho e sem perspectiva...
Todas ficaram sem identidade, e sem ver seus sonhos e planos realizados...
Nenhuma deles ficou dias ou semanas assim, foram anos e anos...
Mas Deus trabalha assim, Ele desconstrói a identidade antiga, para dar uma novo.

3ª NOVA IDENTIDADE
Nenhum destes heróis era o mesmo depois da fase 2, quando conquistaram seus sonhos, não saíram saltitando, gritando aos 4 ventos, ao contrario, eram serenos, silenciosos...
Eles sabiam que pra chegar no Sonho de Deus, tiveram que se tornar novas pessoas, em todos os sentidos...
Agora eram adultos, maduros, fortes, corajosos, fiéis, sabiam que aquele sonho, não era um desejo, ou um prêmio, mas uma missão, séria e de alta responsabilidade.
Deus os preparou para serem Ele mesmo aqui na terra, e para isto os formou, modelou, forjou, preparou, lapidou...
E só depois de estarem quebrados, sem razão de ser ou existir, Deus os exaltou, e confiou a cada um deles a mais extraordinário missão de salvar o Seu povo.

Se vc está na fase 1 ou na 2, lembre-se:
DEUS NÃO VAI REALIZAR SEUS SONHOS, ELE TE ESCOLHEU PARA UMA MISSÃO.


Não comemore antes do tempo, e não desista no deserto, quando tudo passar seremos tudo que Ele planejou pra executar Seu Plano aqui na terra.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Casamento II



Objetivo aqui não é em nenhuma hipótese desanimar as futuras noivinhas...

Só quero compartilhar um pouco da realidade do que é ser uma noiva...

Não acho que o meu caso é igual ao de nenhuma outra, cada vida é uma vida, cada casamento é um casamento, etc...

Mas estamos sujeitos as mesmas reações emocionais...

Tem dias que a felicidade dá lugar ao desespero, a ansiedade, a preocupação e ao cansaço...

Ás vezes o medo bate à porta, outras vezes a insegurança pessoal...

E lidar com tudo isto é bem complicado...

Confesso que não estava preparada, achei que tudo iria bem, não pensei que os pequenos e grandes contratempos fossem me deixar tão estressada...

Agora que estou conseguindo encaixar as coisas nos seus devidos lugares, e entender as lições que preciso tirar de tudo.

Então ai vai.....  Lições que aprendi e estou aprendendo:

1ª – Chorar não resolve, irrita as pessoas ao redor, deixa com dor de cabeça e atrasa;

2ª – O noivo não é o culpado de tudo, ele só é o noivo, que também está tendo que lidar com tudo e ainda ser forte pra ajudar a noiva, ele também está estressado e precisa descansar e desabafar;

3ª – Algumas coisas não vão sair como planejado, outras nem vão sair... está é uma das mais difíceis, principalmente para aquelas que planejaram tudo desde criança... eu não sou dessas, e já está difícil lidar com os replanejamentos, imagine quem sonhou com cada detalhe;

4ª – Somos lindas apesar de tudo, não sei que raio de pensamento é este mais ele vai e volta... E que pensamento??? “Será que estarei linda no dia do casamento?”, e ai achamos defeitos na pele, no cabelo, no peso, nos dentes, no vestido escolhido, nos acessórios, no sapato, na maquiagem... nada está bom 100%, sempre tem algo pra melhorar.... eu tenho falado comigo mesma “ele te ama do jeito que você é, pare de se preocupar com bobeiras”;

5ª – Casar dá trabalho mesmo, não tem jeito, não tem pra onde correr, nem pra quem pedir ajuda... é virar adulta e enfrentar o novo sem olhar pra trás, Deus nos dê forças e coragem e sigamos em frente (esse ainda não aprendi por completo, mas to no caminho);

6ª – Não adianta querer achar culpado, brigar ou coisa do tipo... são muitas mudanças e responsabilidades, o estresse vai fazer parte... então a solução mais pratica que encontrei até agora foi: admito que estou chata, irritante, falando besteira e que preciso parar. Ah, pedir desculpa ajuda, mas não resolve, então vigie as palavras e reações;

7ª – CONFIE EM DEUS, E CONVERSE COM ELE TANTO QUANTO PUDER!!!


Continua...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CASAMENTO I


Eu ando meio sem tempo, estressada e bem chata...

É interessante que quando pensamos do lado de fora numa “noiva” não imaginamos o que ela está passando...

Os filmes, os contos de fadas, e as próprias pessoas que nos rodeiam tende a nos levar a acreditar que o casamento é o momento mais mágico e encantador da vida de uma pessoa...

ISTO NÃO É VERDADE!!!

Talvez você pense “nossa, que moça amarga, infeliz, chata”...

Mas não é bem assim... eu estou muiiiito feliz porque literalmente todos meus sonhos estão se realizando ao mesmo tempo...

2014 vai terminar com o balanço perfeito... tudo que sempre sonhei e desejei está se tornando real...

Mas casar implica em uma serie de tarefas e responsabilidades pesadas, cansativas e caras:

Organizar uma viagem de férias pro exterior
+
Produzir um mega evento para mais de 100 pessoas, tendo que levar em conta as exigências de ao menos 2 pessoas diferentes
+
Montar uma casa (desde a compra até a decoração), além da mudança, levar as coisas do casal e organizar tudo
+
Se preparar para mudar de vida completamente (se tornar homem e mulher da casa, mudar de nome, contar com as finanças apenas do casal, entregar a vida para uma pessoa nova, cozinhar, lavar, passar, fazer compras, arrumar a casa, pagar as contas, etc, etc, etc)
+
Toda a burocracia de documentos para o casamento civil, religioso, viagem e etc.
+
Ahh claro e continuar a sua vida, e todas as demais coisas que já ocupavam todo o tempo que você achava que não tinha antes, e descobre como reclamava de barriga cheia.

Sem falar das listas:
Convidados
Chá (qualquer que seja: cozinha, lingerie, bar)
Presentes
Lembracinhas
Fornecedores
Coisas a fazer

Casar dá trabalho, exige disposição, muiiita disposição e paciência!!!


Continua...