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terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma Vida, Uma Escolha


Ela estava la, sentadinha na minha frente, tinha 5 anos e falava de tudo, junto com mais 11 crianças entre 3 e 6 anos.... era minha primeira aula na EBI, e eu estava muito nervosa, ao mesmo tempo que sabia que eles eram pequenos e não iam ficar me criticando, eu também sabia que tudo que eu dissesse ali poderia mudar a vida deles para sempre, e eu esperava que isso acontecesse....

Os anos se passaram e aquela menininha cresceu, se tornou uma adolescente sem compromisso com Deus, mas sempre conversavamos, afinal era minha aluna desde os 5 anos. Ela ia sempra a igreja, mas nunca colocava nada em pratica, foi se envolvendo cada vez mais com coisas ruins pra sua idade e para sua vida, mas ainda assim não se afastou da igreja, passou por fazes difíceis, e sempre conversavamos....

Até que tomei uma decisão, não iria mais dar toda a atenção que ela precisava, não estaria mais a sua disposição. Palavras, broncas, conselhos não haviam mudado nada nos 10 anos que se passaram, não mudariam nada até que ela mesma decidisse mudar..... e foi assim... ela me mandou cartas reclamando do meu afastamento, mais também foi se afastando... uns 3 ou 4 meses se passaram... até que ela me ligou no meu aniversário, e pedi pra convesar com ela, para dar um abraço e agradecer a lembrança, era apenas isto que eu queria e podia fazer....

Nos encontramos e sentamos um pouquinho pra conversar, ela falou dos problemas que vinha passando e de como estava cansada de sofrer mesmo sendo tão nova, e então lhe disse com toda sinceridade: Só me afastei porque não precisa de mim, você precisa de Jesus, e tudo que falo e faço não mudaram nada até agora e nunca vai mudar.......

Então com o olhar mais sincero que ja vi naquele rosto ela me perguntou: "E o que eu preciso fazer pra aceitar Jesus agora???"


Fizemos uma oração muito simples, e ela foi embora.....


Ela mudou, completamente, outras atitudes, outra postura, outras palavras, outro olhar, outras reações...... Uma nova garota, que agora vive nos braços de Jesus!


É isto, decisões mudam vidas, Uma Decisão pode Mudar sua Vida!!!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Enterro do "Não Consigo"

Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.


Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não consigos".


"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."


"Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."


"Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."


Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.


"Não consigo fazer dez flexões."


"Não consigo comer um biscoito só."


A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigos".

Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.

Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.

Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna, a professora, acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor.

Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos. Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar.

Iam enterrar seus "não consigo"!


Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra. Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada.

Donna então proferiu louvores:

"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do ´não consigo´. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública - escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na casa branca. Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs ´eu consigo´, ´eu vou´ e ´eu vou imediatamente´. Que ´não consigo´ possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."

Ao escutar as palavras entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O "não consigo" estava enterrado para sempre. Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa. Como parte da celebração, Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data embaixo. A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano.

Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz. O aluno então se lembrava que "não consigo" estava morto e reformulava a frase.

Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo", vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, eu também me lembro de que "não consigo" está morto.


(Baseado em texto de Chick Moorman do livro Canja de Galinha para a alma Jack Canfield & Mark Victor Hansen, ed. Ediouro.)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Porque só podemos dar aquilo que um dia recebemos!!!





Como hoje é meu aniversário vou contar um pouquinho do porque da minha preocupação e dedicação às crianças e adolescentes...

Eu tive o privilégio de nascer em um lar cristão, meus pais eram separados, mas minha mãe sempre foi uma de mulher de Deus, excelente profissional e mãe equilibrada. O exemplo dela do meu avô e da minha avó despertou em mim um interesse pelas coisas de Deus e pelos problemas das crianças que me cercavam, desde bem pequena.

Aos 07 anos ganhei uma Bíblia Ilustrada do Novo Testamento, ler sobre o Sacrifício de Jesus me fez perceber o Amor de Deus por nós, aos 08 anos tive minha primeira experiência com Deus durante uma oração na igreja e foi muito marcante, aos 10 anos aprendi a usar minha fé e conheci o Poder de Deus, mas só tive meu encontro com Deus 04 dias após meu aniversário de 14 anos, porque, como todo adolescente, passei pela fase de questionar e contestar tudo entre 12 e 13 anos.

O que me fez seguir os caminhos de Jesus foi à base espiritual que tive, aprendi a vencer os problemas pela fé, ter Jesus como melhor amigo e Pai amado. E ninguém me obrigava a fazer nada, quanto mais ir à igreja, minha mãe me ensinou a fazer minhas próprias escolhas, ela sempre me incentivava a tentar encontrar a solução para os meus problemas, me explicava o motivo das minhas obrigações, e assim aprendi a observar e descobrir o que era melhor pra mim.


Um lar cristão, família estruturada, tias da escolinha que me ensinavam muitas coisas da bíblia, avos que me incentivavam a usar a fé e liberdade de escolha, esse foi o ambiente em que cresci, e eu sempre pensava que se as outras crianças tivessem isto, elas poderiam ser mais felizes, poderiam se tornar adultos melhores, então desde pequena meu sonho é levar Jesus e uma vida digna a todas as crianças do mundo.


Hoje aqui estou, educadora da EBI há 10 anos, levando Jesus e muito amor para crianças em orfanatos e comunidades carentes, e também estudante de história com o objetivo de pesquisar a vida das crianças e adolescentes ao longo da história e através disto fazer algo mais por elas.

Acredito que a única forma de ser um adulto feliz e realizado é ser uma criança feliz e realizada, por isso tento fazer um pouquinho, e sei que ainda é uma gotinha no oceano.

sábado, 12 de junho de 2010

Coração Puro, Fé Pura...

O que mais me encanta nas crianças é a forma como elas acreditam nas coisas, são sensiveis para perceber as intenções das pessoas, e quando são conquistadas, elas se entregam, talvez esta seja também sua maior fraquesa, pois pessoas ruins se aproveitam disso.
Mas é perfeito quando se trata de Deus e da fé, elas se lançam, confiam, esperam. O coração puro só pode gerar uma fé pura, e esta fé que agrada a Deus.
Que sejamos como crianças, e confiemos em Deus com todas as nossas forças, com um coração puro, e uma fé pura para conquistar o impossivel.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mães, até onde elas devem “mandar”???





Um dia desses atendi uma mãe, cujo filho não quer ir pra escola, e ela não consegue incentivá-lo a fazer isso, ela falava como se não soubesse mais o que fazer. Sempre que eu dizia que ela devia mandar ele ir pra escola, falar pra ele que sem estudar ele ia ficar pra traz, ela me dizia “mas eu já fiz tudo isso”.
Então fiquei me perguntando, até onde vai a responsabilidade de uma mãe, até onde ela deve “mandar” no filho???
Acredito que se alguém decide colocar um filho no mundo, ou adotar uma criança como filho, ela tem responsabilidade sobre a pessoa que tal criança vai se tornar, e tem que ter consciência de que crianças e adolescentes ainda não sabem o que é melhor pra eles, então às vezes ela vai ter que “mandar”, e mandar não significa obrigar, mas deixar claro os motivos pelos quais é preciso fazer aquilo, e ter consciência de que como mãe, ela deve fazer o for possível para que tal tarefa seja executada, não vou aqui discutir quais são os mecanismos de poder que podem ser utilizados por uma mãe para incentivar seu filho, mas sabemos que elas devem exercer sua autoridade.
Existem regras sociais e culturais com as quais convivemos. A escola surgiu para suprir a necessidade de educação, que com a era industrial ficou defasada pelas famílias, que precisavam passar algumas horas do dia trabalhando e não tinham mais tempo pra cuidar e educar seus filhos. Mas será que a responsabilidade de educar, então, é somente da escola? Claro que não, enquanto escola e família não caminharem juntos e enquanto os pais não souberem impor limites, e usar a autoridade que possuem os problemas sociais só irão aumentar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Decisão.....


Este blog estava meio abandonadinho, só postava quando tinha tempo, ou algo impactante pra postar, sim eu estava errada, quando o criei queria falar do assunto que mais gosto, o desenvolvimento das crianças e adolescentes de hoje.....


E o que aconteceu???

Muitas coisas me desanimaram e falta de tempo virou minha bengala......... mas chega...


Se de fato queremos algo, então nós conseguimos, e tempo é uma questão de prioridade, e minha prioridade aqui é tentar mudar o mundo através das crianças........

Se isto é possível???

Não sei, mas aprendi que a Utopia pode nunca acontecer, mas é a motivação pra chegarmos mais longe.


De hoje em diante, ao menos uma vez por semana postarei alguma coisa..... aguarde.... vou dividir tudo que tenho aprendido e vivenciado com as crianças, e os frutos das minhas pesquisas......

Bjokas


Aline Marks