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sexta-feira, 16 de maio de 2008

"Quero um filho, mas com meus olhos e a simpatia do pai. Você tem esse modelo?"

Agora temos o Cadastro Nacional de Adoção, tantas crianças precisando de um lar e apenas em 2008 o Brasil tem um cadastro nacional e informatizado, mas antes tarde do que nunca.
Pais que querem um filho passam anos na fila de adoção e crianças que não tem um lar passam anos esperando uma família, será isto falta de informação, era o cadastro de adoção que impedia esse encontro entre crianças e pais?
Na minha opinião o problema é social e cultural, porque de acordo com pesquisas a maioria desses pais adotivos querem como filho, uma menina, branca, com menos de 3 anos e sem nenhuma deficiência..... ótimo essas meninas conseguem um lar mas e os meninos, as crianças negras, pardas, com deficiência, com mais de 3 anos não servem para ser filhos, não tem direito a um lar?
A verdade é que nossa sociedade não quer cuidar das crianças carentes e sim ter um filho que possa apresentar como seu, que todos olhem e tenham certeza que aquela família é completa e feliz.
O que me intriga é que quando uma mulher fica grávida, ela pode ter uma menina saudável, mas a possibilidade de ter um menino ou uma criança com deficiência também não é descartada. Então porque desprezar essas crianças que precisam do mesmo amor e carinho.
Não acho estranho quando vejo um casal aparecer com filho já grande, ou fisicamente diferente dos pais, pelo contrário fico feliz. Tanto temos falado de inclusão social e essa inclusão só deve acontecer fora de casa, nas escolas e nas empresas?
Acho que a inclusão começa dentro de casa, quando aprendemos que todos somos diferentes, ninguém é igual a ninguém, quem temos nossas limitações e nossos pontos fortes, independente de termos ou não o mesmo DNA.
Ter um filho não é como comprar um carro ou a casa dos seus sonhos, é colocar um novo ser no mundo, ou no caso da adoção dar a um ser sem oportunidades a chance de ter uma família, um lar, uma referência de pais. E os filhos são pessoas individuais, seres únicos, então não adianta os pais desejarem que seus filhos sejam como eles querem e esperam. Tudo que podem fazer é ensinar, dar amor, carinho, educação, transmitir suas crenças e valores, dar exemplo do que é moral, do que é dignidade, mas é certo que os filhos seguem seus próprios caminhos, e no futuro não vai importar se era uma menina ou um menino, o que vai importar que é são filhos, que se tornarão seres-humanos com princípios e valores.
Então acredito que ter um filho ou adotar deve ser um ato de amor consciente e planejado, porque não importa quem é a criança e sim qual a intenção e disposição de seus pais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lilika, é facil ver seu amor pelas crianças e cm vc disse, sempre iremos fazer mt pouco, e elas nos dão tanto para nós... Mas Deus vai nos honrar mesmo no nosso pouco e vai cuidar delas cm cuidou de mim e d vc... Não desista !!

TE amo bju

Tassya